segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vontade de matar alguém mode: ON

Escrito em 17 de Abril de 2009

Depois da minha maravilhosa e agitada Semana Santa, estou voltando aqui pra contar sobre minha viagem a Parnaíba (viagem a trabalho: mas depois eu comento sobre esse trabalho aqui). Hoje, 17 de Abril, o dia começou ótimo. Acordei desesperado às 7:50 da manhã: “Porra, to atrasado! Minha aula é as 9”; indo pro banheiro me lembro que hoje é sexta feira e que minha aula é as 10:00. Volto pra cama (burro), cochilei demais e acordei às 9:40!

Voei pra universidade e, chegando lá, o professor simplesmente não apareceu...ótimo, até aí tudo bem, nem queria assistir aula mesmo. Voltando pra casa, ao descer o ônibus, dou dois passos e enfio o pé numa poça d’água (barrenta), molho minha perna esquerda inteira (além da blusa e uma parte do braço). Pra piorar, tinha uma mulher andando do meu lado, e claro, foi vítima das circustâncias.

“Caramba! Pelamordedeus moça me desculpa!” - supliquei eu ofegante e segurando firmemente o braço dela, assim, aproveitava pra discretamente limpar a sujeira que eu tinha feito na coitada.

Ela muito simpática me disse sorrindo: “Nada menino, nem me molhou...” – eu vi que tinham duas gotas de um líquido da mesma cor daquela água bem na testa dela, mas fiquei na minha, porque a situação tava bem pior na blusa. Saí correndo.

Cheguei em casa, minha mãe me disse que meu dinheiro não tinha saído (o dinheiro pra eu viajar). “- Caramba maluco, eu vou viajar hoje! Puta que pariu!” – não disse eu isso a ela. Mas pra tudo se dá um jeito não é mesmo minha gente? Não me desesperei.

7:00 da noite, tava sem grana, ainda não tinha comprado minha passagem e nem arrumado minha mala (porque pra variar, deixar tudo pra última hora é bem típico de mim). Mas aí, consegui com minha outra mãe uma grana emprestada (sim, tenho duas mães e essa é uma história muuuuuuio longa e complicada que definitivamente não vou contar aqui). Depois de muita confusão, vou comprar a passagem, meus amigos que também iriam comigo nessa viagem já haviam comprado a deles e estavam naquele momento em um coquetel numa “badalada” loja de móveis daqui da cidade, e me preveniram que eu fosse rápido. Tentei ser o mais rápido que eu poderia ser, mas não tinha outro jeito, tive que comprar na hora mesmo, direto na rodoviária.

Eu teria que comprar a passagem pras 11:30 da noite, cheguei as 9:30. Tinha uma fila enoooooooorme no guichê. Eu fiquei com minha cara no chão, mas entrei na fila, uns dois minutos depois, uma moça aparece do nada dizendo: “- Oh, com licença, meu lugar é bem aqui...” (na minha frente)

“-Tudo bem.” disse eu. (otário)

E meus amigos enchendo a cara no coquetel.

A gente trocou uma idéia na fila até, era até bem simpática a moça e depois de horas esperando na fila, chega a vez dela:

- Ainda tem vaga no ônibus das 11:30 pra Parnaíba?

Vendedor: “- Sim, a última.”

A vaca olhando pra mim e já tirando a carteira de identidade da bolsa: “- É essa mesmo.”

Que menina traíra da peste, além de roubar meu lugar ainda leva minha passagem! Nossa Senhora, que raiva, que ódio, vontade de dar um “Pedala Robinho” naquela piranha. Chegou minha vez:

“- Moço, que horas sai o próximo ônibus pra Parnaíba por favor?”

“- Meia-noite.”

“Menos mal, vou querer essPORRA TO SEM MP3 PLAYER!!!”

Isso mesmo, eu iria viajar sozinho durante seis horas pela madrugada, sem conhecer ninguém e nem música eu ia poder ouvir... Que foda maluco! Só faltava eu pegar uma cadeira do lado de uma pessoa fediada ou chata... ou fedida e chata, ou o ônibus inteiro poderia estar cheio de pessoas fedidas e chatas...

E o tal do coquetel rolando...

Que seja, precisava agora ligar pra eles avisando que iria no ônibus seguinte. Eu estava sem crédito, fui até uma banca de jornal pra comprar. Não tinha. Fui em outra. Também não tinha. Fui numa terceira. Essa também não tinha. Ótimo, se um paralítico passasse por mim, levantasse da cadeira de rodas e me desse uma rasteira eu não iria me surpreender.

Precisava de um cigarro. Depois de procurar em todos os meus bolsos, constatei, esqueci minha carteira de cigarros em casa. Que merda, fui comprar. E claro, com a carteira esqueci o isqueiro. Comprei fósforos.

11:10, fui pra frente da rodoviária fumar meu cigarro e esperar meus companheiros de viagem que ainda não haviam chegado de vocês sabem onde. Eu estava amdando de um lado pro outro, minha bagagem espalhada pelo chão, e meu cigarro já tinha acabado, senti isso quando vi que segurava só o filtro entre os dedos. Pensei: “- Vou entrar. Não quero parecer desesperado.”

11.30, depois de um toque à cobrar:

“ - Maluco onde vocês estão? O ônibus de vocês já vai sair!”

Amigo – “ – Rapaz fala com o motorista, pede pra ele esperar que a gente já ta chegando...”

Eu: “- ¬¬”

Agora eu teria que ir até a plataforma implorar pro motorista segurar um ônibus com mais de trinta pessoas no qual eu NEM IRIA VIAJAR...foi o que eu fiz:

11:40, o motorista: “- Olha, dá mais não, eles vão no próximo agora.”

11:45, eu já com o quinto cigarro na mão (mais da metade do que eu fumei na semana santa) avistei o primerio dos meus amigos. Visivelmente “alto” com uma rede azul-mar-da-felicidade ENROLADA embaixo do braço e uma mochila na costas...

Ele: “- E ae cara.”

Eu: “– E ae. Cadê o outro?”

Ele: “- Tá ali.”

Eu: “- Ok. Vocês perderam o ônibus.”

Ele: “- Droga!”

Eu: “- Mas agora vocês vão no mesmo que eu.”

Ele: “Beleza...”

Legal, pelo menos companhia eu teria durante a viagem.

Bom, pra encurtar (porque já tá longa demais), viajei sem a companhia de ninguém porque eles apagaram e só acordaram seis horas depois quando chegamos em Parnaíba.

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